Encontro de ponteiros
Desde pequena ouço dizer que tudo na vida tem seu tempo. Não que eu duvide dessa afirmativa, mas me causa profunda irritação o fato de que nós (eu e o tempo) temos ritmos, velocidades, cadências e interesses distintos. Pelo menos, no que diz respeito às minhas expectativas, o mocinho sempre se mostra desatento, desorganizado e procrastinador.
Não importa se tenho pressa de saber o resultado de uma prova ou entrevista, de receber uma ligação importante ou ouvir um “eu te amo”, o tal do tempo vem lento, pesado, arrastando o chinelo pelo caminho das horas.
Contudo, sua chegada, ainda que tardia, inaugura esperanças, ânimo e novas possibilidades.
O danado, na maioria das vezes, me desaponta, frustra, estressa, mas quando bate na porta, com seu jeitinho jocoso, traz com ele um alívio, um gosto de algodão-doce, uma promessa de roda gigante que só me resta abrir os braços e sorrir.
É verdade, tudo tem seu tempo. Ainda bem!
Há tempo para começar, curtir, terminar.
Sempre é tempo de se reinventar, ressurgir, renascer.
Enfim, chegou o dia de recomeçar no Crônicas Cariocas.
Tempo de florescer as mais belas cores.
Retomar caminhos inaugurando um novo percurso.
Bem-aventurado seja todo primeiro passo que encerra a pausa de um sonho.
Que alegria poder ler as suas crônicas novamente.
Obrigada, Ana! Que alegria ser lida por vc. Soraya