Milton Rezende

Milton Rezende é poeta e escritor, nasceu em Ervália (MG), em 1962. Viveu parte da sua vida em Juiz de Fora (MG), onde foi estudante de Letras na UFJF, depois morou e trabalhou em Varginha (MG). Funcionário público aposentado, morou em Campinas (SP), Ervália (MG) e retornou a Campinas (SP). Escreve em prosa e poesia e sua obra consiste de quinze livros publicados. Fortuna crítica: “Tempo de Poesia: Intertextualidade, heteronímia e inventário poético em Milton Rezende”, de Maria José Rezende Campos (Penalux, 2015).
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    #05 – A Besta de Gevaudan (*)

    . “entre os anos de 1764 e 1767 os habitantes da pequena província francesa de Gevaudan, atualmente parte de Lazere, próximo das montanhas Margueride foram aterrorizados por uma criatura lupina que passou a ser conhecida como La Bête Du Gevaudan ou “A Besta de Gevaudan” eu já fui quase do tamanho de um touro ou de um urso, meu braço…

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    Poesias de 1 a 99: 04 – O Piso da Minha Alma

    #04 – O Piso da Minha Alma . ressoam em meu cérebroecos de canções que eununca escreverei jamais. mas existem em mimcomo acordes tangíveisdo que se aspira a ser. à sombra do músico adormecidoeu vivi a minha vida inteira assimdisfarçado de poeta como se fosse um andarilho dentro de casa. O Jardim Simultâneo

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    04# – RÉQUIEM I Estou hoje caladocomo se houvesseroubado o silênciodos mortos. Estou hoje tranquilocomo se a calmafosse um atributodos homens enfermos. Estou hoje festivocomo se estivessenuma festa, e lúcido,como se a lucidezfosse a própria festa. Estou hoje vencidocomo se soubesse a verdadee sozinho vou indo mesmoa uma festa, atendendo aoconvite dos mortos. 05# – RÉQUIEM II cérebro inchadoem recônditas…

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    #03: Paredes Estou cercado de objetossem expressão ou significados(utensílios para o desempenhode um trabalho sem utilidade).Tenho as mãos ocupadasna tarefa de preenchero vazio com papéisde números impressos.A cabeça gira à procurade lembranças que possamdesviá-la do tédiode ver gentes.Arquiteto planossem propósito algumalém de preencheras horas de um expediente.Estou cercado pelosquatro lados de um cômodoonde recebo clientesde um banco de dados.Tudo é…

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    002# – AGUACEIRO A chuva cessou de chovere já agora eu possotirar as mãos dos bolsose atravessar a rua. Mas já não tenho mãose nem tampouco possoatravessar esta rua, poisa água levou-me as pernas. E a rua, embora chovida, está seca.Eu fui a chuva que choveu e ninguém viu. Milton Rezende in “O Acaso das Manhãs”

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    #01: Instante de Pura Poesia eu ontem, passando na calçada,deparei-me com uma visãoaterradora de um pássaroque, ao defender seu espaçode um intruso invasor, levoua pior na batalha sangrenta e,roto e estropiado, na arvorezinhamirrada, olhando de soslaio,entre sangues, o espaço míticoque habitara e cuidara durantelongos anos, agora perdidopara sempre. solidariedade ao pássaroferido de morte. Da Essencialidade da Água.

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