Campista Cabral

Campista Cabral, leitor assíduo dos portugueses Camões e Pessoa, do poetinha Vinícius, herdou deles o gosto pelo soneto. A condensação dos temas do cotidiano, assim como a reflexão sobre o fazer poético, parece procurar a sua existência empírica ou, nas palavras do poeta, um rosto perfeito, na estrutura do soneto. Admirador e também leitor obsessivo de Umberto Eco, Ítalo Calvino, José Cardoso Pires, Lobo Antunes, do mestre Machado de Assis e do moçambicano Mia Couto, retira dessas leituras o gosto pela metalinguagem, o prazer em trabalhar um espaço de discussão da criação literária em sua prosa. A palavra, a todo instante, é objeto base dos contos e das crônicas. A memória, o dia-a-dia, o amor, as sensações do mundo e os sentidos e significados da vida estão presos nos mistérios e assombros da palavra.
  • Crônicas

    A primeira crônica do ano

    Esta é a primeira crônica do ano. Um ano novinho cheio de sonhos e projetos para o futuro! Esta é uma crônica de início. Uma crônica que cheira o novo, como presente recém-aberto, esperando ser tocado, usado, experimentado pela primeira vez… O que imaginamos de um ano que se inicia? Que sejamos felizes e tenhamos paz? Que conquistemos tudo aquilo…

    Leia mais »
  • Crônicas

    Então é natal! 

    ♫ Então é natal!E o vendedor na esquina oferece milhares de produtos aos que passam. E vende-se isso e aquilo! E vende-se com muito brilho! ♫ Então é natal!E as filas dobram, triplicam, numa algazarra somente vista nesta época. Ninguém tem paciência para nada! ♫ Então é natal!E as vitrines anunciam roupas e calçados e eletrônicos dos mais variados tipos…

    Leia mais »
  • Ensaios

    Um Exercício de Escrita – O Rio e o Pescador

    Como contar um conto? Uma pergunta instigante para mim, sempre viva e colorida no ato de escrever. Contar um conto é construir uma armadilha; pegar um pássaro raro e ouvi-lo cantar; por fim, alegrar-se pelo feito e comemorar. Um conto é um mundo, um mundo repleto de vozes, gestos, sombras, folhas e musgo; um trabalho inquieto de mãos atarefadas e…

    Leia mais »
  • Crônicas

    A minha pátria

    Quando escrevo sobre a minha pátria, eu fico confuso. Penso em tudo que amo e, ao mesmo tempo, penso em tudo que odeio. Quando escrevo sobre a minha pátria, sinto calor, arrepio, felicidade, dor, enjoo, sinto frio… Quando escrevo sobre a minha pátria, a palavra evidente é contradição! A minha pátria é o paraíso, o céu azul, o mar aberto…

    Leia mais »
  • Crônicas

    Crônica Burocrática

    A crônica começaria agora, mas é preciso antes que o leitor e o cronista paguem a taxa necessária ao andamento das crônicas. A TADC. Parágrafos são caros. Quando saem do mundo real então! Cada palavra tem seu preço tabelado. Cada figura de linguagem uma alíquota a mais. Por isso, cuidado com as vias! Uma para o leitor, outra para o…

    Leia mais »
  • Crônicas

    A crônica de todos nós

    A crônica tem todos os rostos: brancos, pretos, asiáticos e mais! A crônica tem todas as cores, odores e sabores que podemos imaginar! A crônica é, como diria o poeta, uma janela para o mar! A crônica tem todas as linguagens e gestos e sinais! A crônica é simplesmente a crônica. Assim leve como um sorriso, quente como um abraço,…

    Leia mais »
  • Crônicas

    A nossa vida dos outros

    Queremos mais que uma vida. Queremos viver várias vidas. Desejamos ser piratas, mouros, cantores famosos, astros do cinema, reis e cavaleiros. Desejamos ser o outro e nunca nós mesmos. Não reparamos no espelho o nosso rosto… Em que espelho ficou perdida a minha face? Deixamos o tempo passar. Deixamos nossas coisas para deslumbrar outra vida, outras vidas. Nos assustamos depois…

    Leia mais »
  • Crônicas

    Não existem mais heróis

    Não Existem mais heróis… Estes, ficaram em fotos, figuras coloridas ou desbotadas, ficaram nas páginas de um livro velho, ou então, são relembrados de maneira torpe e fragmentada por aqueles que contam histórias antigas, mas têm já uma memória vaga das coisas. Hoje, o tempo é de homens perversos. Tempos de perversidade! Hoje, o tempo é de guerra e divisão,…

    Leia mais »
  • Crônicas

    Equilibristas!

    Somos equilibristas! E fazemos isso com muita eficiência e profissionalismo! Não sabemos o tamanho da nossa força até que somos forçados, por circunstâncias várias, a viver a vida nas suas complexas contradições! Como não falar da vida e dos seus altos e baixos!? Na verdade, vivemos entre o riso e as lágrimas, o sol e a chuva, o sabor do…

    Leia mais »
  • Crônicas

    A vida pela janela

    Ver a vida pela janela! A janela de casa, com a rua e as pessoas que pintam o cenário de cada dia. Com suas cores e sons! Com seus dramas e tons! A janela do carro ou do ônibus e a velocidade de tudo o que se vê na cidade: placas, cartazes, rostos, histórias… Ver a vida pela janela! E…

    Leia mais »
Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Desative para continuar