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Contos
Elástico infinito – a natureza e a sua sabedoria
Um alce, no alto de uma floresta densa, olha para cima, por um momento fugaz. No mesmo instante, ouve-se o murmurar do léxico perceptível – numa onda para nós, humanos, intangível -: e o alce o distingue pelo encontrar das superfícies de uma folha na outra, obrigadas a ter tal conexão corporal por um simples capricho do vento, senhor de…
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Poesias de 1 a 99
Poesias de 1 a 99
#01 – ímpetos de reformulação e atitude . Acendi uma vela, e me veioDe outro planoque não eu, mas era eu, tambémAcender 8o 8, deitado, é o infinito8, em pé, conforme as coloqueitornou-se fogueira O fogo ardeu, ardeu eenquanto eu vivia o momento presenteAs duas coisas ligaram-seDançado ardentementePavios como mãos dadasFogo fátuo, feito, farto De repenteminha atenção recor-tou-se em du-asduase…
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Crônicas
SEM TÍTULO, dezembro dois mil e vinte e quatro
Ler – sendo eu o “recheio de um sanduíche” composto pelo conjunto de lençóis praticamente novos, verdes, vacilando entre o algodão 100% liso e o de arabescos geométricos, aroma envolvente de quem acabou de sair da máquina lava e seca -, confortavelmente descansando as intermináveis horas de trabalho que se seguiram nas últimas semanas – mal tive tempo de me…
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Crônicas
A e I; ou:
Antônia, astuta, a afastar abelhas altivas, alertou Adélia, a angelical, ao avistar Altevo apaixonado. Ambas apáticas, antes apreciavam a aurora anêmica, amarelada, anormal, alva, altíssima: amanhecer acolhedor, animado, adorado! Alargou-se a atenção; a alameda aparecia, abria-se, acompanhando as “asas”: albatrozes, animais alados, aves, aviões – alumínio autêntico, atraente – abrandavam a ascensão acertiva: azul. Acima, alusão, altitude. Abaixo, asfalto, Antônia…
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Crônicas
Crônica biografia do mundo de hoje
Tenho sobre a minha mesa de canto all’aperto1 (como gosto de mesclar palavras e expressões das minhas duas línguas de fluência, o português e o italiano, a minha rotina! É uma forma de sintetizá-las numa só coisa, o meu eu real, a configuração amorfa do que sou enquanto um ser em constante expansão) cerca de duas dezenas de livros, referências…
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Crônicas
PALAVRAS E ARTE
Mesmo que palavras sejam uma paixão e ferramenta de trabalho, as palavras não são naturais; vejam, me explico. Natural seria o canto dos pássaros e os latidos dos cachorros. Os sons guturais com que nos comunicamos na fase primeira de nossas vidas, o amamentar, o fazer sexo. Depois que o homem descobriu o fogo, inventou a roda e pintou o…
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Crônicas
A sucinta e individual força dos Verbos e Substantivos:
(…) “vence, leva, ‘sai-vitorioso’, fede, terminam, caminham, garantir, levou, votarem, vence,consolida, vence, conquista, foi-eleito, abandonaram, levar, conversam, ‘não-fará’, pede, nega, inclui, deixar” (…) Arizona, estados-chave, eleição; disputa, estado; estados-chave, eleição; vitória,eleições; contagem, delegados, ‘X’; maioria, câmara; mulheres, EUA, republicano;Arizona, vitória, estados-pêndulos; 7-Estados; presidente, pobres, ‘faxina’, pentágono, sombra, COP29, Azerbaijão, eleição, parte, governo, alívio, acusações, complô, posição, Ucrânia, sinais, Kremlin, EUA…
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Crônicas
Flashes, vazios e universos paralelos: Leila
Em meio a um comercial de televisão de sábado à tarde, coisa que não lhe é por nada usual assistir – excetuando-se as ocasiões em que se encontra à casa de seus pais -, algo que Leila não se recorda ao certo acendeu umas memórias preguiçosas, episódios de infância, o cheiro da sua lancheira do maternal (que sente como se…
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Crônicas
Nunca iguais, revisitadas
Assim como as folhas altas nas copas das árvores balançam com o prenúncio de intensas chuvas… tal qual o som de passos ligeiros em direção a um compromisso que estar por iniciar… ou ainda a terceira badalada de uma campainha teatral que, após outras duas de igual duração, alerta os desavisados de que o espetáculo se iniciará, assim é a…
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Crônicas
Deixe as quinas livres!
Não é notório o peremptório pacto sobre formas de estrutura de quina nos guarda-corpos (popularmente ditos corrimãos). Deixemos que a liberdade flua por entre as forças físicas que o mantêm firme: deitemos por terra a quina, uma reta majestosamente anacrônica, que se vangloriza da sua sina – e importância ‘inforjável’(1). Estruturas… abalemo-nas! Libertemos os ângulos, para que sejam mais agudos…
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