Bia Mies

BIA MIES é carioca da Serra Fluminense, autointitula-se "do mundo" e reflete em sua escrita um olhar sensível sobre a vida do seu "entremeio": cada crônica torna-se uma interação entre o trivial e a reflexão poética, uma tapeçaria de influências e insights. Tece pontes entre arquitetura, urbanismo, artes visuais e cênicas, moda, leituras, cafés, viagens, família, amores, Zeca (seu fiel companheiro de quatro patas), amigos, Itália e "experiências dos usuários", área na qual atualmente se especializa. Cada percepção transforma-se em texto, numa busca exploratória de pensamentos e emoções, através de uma visão pessoal do cotidiano e do extraordinário. Celebra a beleza da imperfeição e convida o leitor a uma jornada introspectiva, onde cada palavra é cuidadosamente escolhida para ressoar e provocar. Como o sopro das vivências que se entrelaçam pelo seu caminho, Bia Mies homenageia quase duas décadas de exploração literária no Crônicas Cariocas.
  • Crônicas

    PALAVRAS E ARTE

    Mesmo que palavras sejam uma paixão e ferramenta de trabalho, as palavras não são naturais; vejam, me explico. Natural seria o canto dos pássaros e os latidos dos cachorros. Os sons guturais com que nos comunicamos na fase primeira de nossas vidas, o amamentar, o fazer sexo. Depois que o homem descobriu o fogo, inventou a roda e pintou o…

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  • Crônicas

    A sucinta e individual força dos Verbos e Substantivos:

    (…) “vence, leva, ‘sai-vitorioso’, fede, terminam, caminham, garantir, levou, votarem, vence,consolida, vence, conquista, foi-eleito, abandonaram, levar, conversam, ‘não-fará’, pede, nega, inclui, deixar” (…) Arizona, estados-chave, eleição; disputa, estado; estados-chave, eleição; vitória,eleições; contagem, delegados, ‘X’; maioria, câmara; mulheres, EUA, republicano;Arizona, vitória, estados-pêndulos; 7-Estados; presidente, pobres, ‘faxina’, pentágono, sombra, COP29, Azerbaijão, eleição, parte, governo, alívio, acusações, complô, posição, Ucrânia, sinais, Kremlin, EUA…

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  • Crônicas

    Flashes, vazios e universos paralelos: Leila

    Em meio a um comercial de televisão de sábado à tarde, coisa que não lhe é por nada usual assistir – excetuando-se as ocasiões em que se encontra à casa de seus pais -, algo que Leila não se recorda ao certo acendeu umas memórias preguiçosas, episódios de infância, o cheiro da sua lancheira do maternal (que sente como se…

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  • Crônicas

    Nunca iguais, revisitadas

    Assim como as folhas altas nas copas das árvores balançam com o prenúncio de intensas chuvas… tal qual o som de passos ligeiros em direção a um compromisso que estar por iniciar… ou ainda a terceira badalada de uma campainha teatral que, após outras duas de igual duração, alerta os desavisados de que o espetáculo se iniciará, assim é a…

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  • Crônicas

    Deixe as quinas livres!

    Não é notório o peremptório pacto sobre formas de estrutura de quina nos guarda-corpos (popularmente ditos corrimãos). Deixemos que a liberdade flua por entre as forças físicas que o mantêm firme: deitemos por terra a quina, uma reta majestosamente anacrônica, que se vangloriza da sua sina – e importância ‘inforjável’(1). Estruturas… abalemo-nas! Libertemos os ângulos, para que sejam mais agudos…

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