Poesias de 1 a 99

Poema #20 – CONFIDENCIAL

Nada consta.
Consta que seja um nada
em face a uma constância
de extremos inarredáveis.
Enfim
um nada consta sobre
outro consta um nada
— A vida incerta do homem —
Nas folhas gastas do mundo
não consta nada em
detrimento desse nome.
Um simples nome em meio
a tantos outros no arquivo
de uma gaveta metálica.

O Acaso das Manhãs

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Milton Rezende

Milton Rezende é poeta e escritor, nasceu em Ervália (MG), em 1962. Viveu parte da sua vida em Juiz de Fora (MG), onde foi estudante de Letras na UFJF, depois morou e trabalhou em Varginha (MG). Funcionário público aposentado, morou em Campinas (SP), Ervália (MG) e retornou a Campinas (SP). Escreve em prosa e poesia e sua obra consiste de quinze livros publicados. Fortuna crítica: “Tempo de Poesia: Intertextualidade, heteronímia e inventário poético em Milton Rezende”, de Maria José Rezende Campos (Penalux, 2015).

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