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Tudo é poesia
A agitação da rua
O sinal
E a correria!
A voz do vendedor
O som do dia.
Tudo é poesia
A propaganda
O chafariz
Até a melancolia
O engarrafamento
O papelão pra noite fria.
Tudo é poesia
Os menores na esquina,
Uma bola ou um limão
Acrobacia
No alto dos edifícios
A vida silencia!
Tudo é poesia
Nas placas, andaimes,
Guindastes
Não há monotonia.
Há tremor, rumor
A amarga dor,
Sinestesia!
E quando tentam tirar
As coisas do seu devido lugar
Autofagia!
Não importa!
Pois tudo na cidade
É poesia!