Em cada época de nossa existência, sempre tentaram explicar o funcionamento do cérebro através de metáforas extraídas da tecnologia mais atualizada do momento. A descrição que ficou famosa foi realizada por Platão, que comparou a psique humana a uma biga puxada por dois cavalos, onde um representava a razão e o outro o desejo.
No século XX os psicólogos compararam nosso cérebro a um computador, que eventualmente apresentava um “bug” em seu sistema operacional.
Exemplos assim são tentativas de expor nossa influência social exercida em muitos gestos que são o resultado do que somos, de nossa base existencial.
Diversas atitudes nascidas do meio ambiente nos ensinam comportamentos similares, para sermos aceitos e conduzirmos a mesma máxima interessada pela maioria, sem sombra de dúvidas.
E como animais sociais, pertencemos à casta de nosso grupo mais próximo, fazendo o papel necessário para pertencermos ao meio que chegamos, por isso não há muitas opções além daquelas já expostas e pegas na prateleira social.
Possuímos a estranha mania de copiar e colar em nossas cabeças, atitudes bem aceitas e lavadas pelo sistema, que está pronto para entregar a dose certa na boca, e o lado correto de dar o ombro. Nosso conteúdo influenciado pelo meio se mantém absorto e na expectativa do próximo ato, que virá para conduzir o que podemos pensar e o que devemos atuar depois de um texto bem decorado.
A fadiga por momentos não é uma opção e sim pausa para repor o próximo cartucho. Por isso vos digo, que a vida é curta demais para ser pequena.
“Mude, mude de novo, experimente outra vez, atue, você certamente encontrará coisas melhores, e coisas piores que as já conhecidas, mas não é isso que importa, o mais importante é a mudança, porque se você tem mais medo da mudança do que da desgraça, você não impede a desgraça, a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia, só o que está morto não muda. Repito por pura alegria de viver, a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena” (Antônio Abujamra).