
A magia nos persegue (Ou será o contrário?)
Alguns de nossos antepassados adoravam o sol, outros atribuíam almas a objetos inanimados. Se você acha que está muito acima disso, é melhor pensar duas vezes: o pensamento mágico nunca saiu de moda. A tecnologia muda cada vez mais depressa, mas a natureza humana muda lentamente – se é que muda.
Afirmamos que o verdadeiro poder está na fé, no entanto insistimos em dialogar com símbolos. Conversamos com medalhinhas e imagens mesmo sabendo não passam de artefatos comuns. Não parece ser muito diferente de falar com pedras sagradas ou escutar espíritos de lobos.
Suponho que, a não ser em filmes de ficção, não mais se imolem carneiros, porém continuamos fazendo oferendas aos deuses em forma de votos e promessas. Prometemos sacrifícios, rezamos terços, lançamos flores ao mar, damos pão aos pobres em nome de Santo Antônio. Outras culturas fazem de outros jeitos, mas a ideia é a mesma.
Rimos quando nos falam em sereias e duendes, mas acreditamos em anjos protetores. Em situações extremas vale tudo: recorremos a curas milagrosas e a medicações que nos dizem ser boas para isto ou aquilo. Ansiamos por fórmulas mágicas que nos farão emagrecer sem esforço e sem abrir mão do chocolate.
Cultivamos superstições. Justificamos a derrota do time para o qual torcemos dizendo que foi porque não vestimos a tal camiseta da sorte. Damos três pulinhos para encontrar coisas perdidas. Colocamos vassouras atrás de portas para nos livrarmos de visitas indesejadas. Na virada do ano pulamos sete ondas, comemos uvas e lentilhas, usamos dourado para atrair dinheiro, entramos com o pé direito. Comemos romã no Dia de Reis. Evitamos treze pessoas à mesa. Você não leva nada disso a sério, mas faz assim mesmo. Alega que é divertido e arremata com a máxima de que não crê em bruxas, ‘pero que las hay, las hay’. Muita gente acredita naquilo que sabe que não existe. Aliás, me ensinaram esta semana uma simpatia ótima para comprar ou vender imóveis – vou fazer porque estou precisando.
Pai Cláudio de Oxalá, aquele que promete trazer de volta a pessoa amada em três dias, continua ativo. Um jovem distribui suas filipetas em pleno coração de Ipanema e diz que a procura é grande. Se não fosse verdade o rapaz já teria perdido o emprego.
A explicação é óbvia: a fé está no nosso DNA. Ajuda a suportar a vida, essa luta incessante contra a Natureza que nos cria e nos descarta, uma batalha perdida desde o início. Não acreditar em nada é para os muito fortes. Estou fora.
Aquilo que você crê, você cria !
Sim!
Que a Fé seja Luz, um bom guia na desafiante aventura terrena
Z
Amém
Amém!
Concordo que o verdadeiro poder está na fé.
Concordo!
Oxalá possamos nos livrar dessas crendices! Pé de pato, mangalô três vezes…!🤭
kkkk
😡😡😡
Pé de pato mangalô …..!