Crônicas

A vida da gente

É tão estranha a vida na Terra… Acho que a palavra turbilhão define bem essa aventura que é viver! Emoções, sorrisos, lágrimas, risadas, encontros e desencontros.

A gente erra e a gente acerta! A gente segue!

A gente sobe e a gente desce! A gente segue!

A gente retrocede e a gente avança! A gente segue!

A gente está sempre seguindo!

A vida, em seus labirintos e estradas, nos oferece paisagens diversas: árvores de todos os tamanhos, cidades grandes e cidades pequenas, montanhas, sol e chuva, dia quente ou dia frio, rostos e cheiros…

A vida, em suas prosas e em seus versos, nos dá também desencantos, solidão, amargura e preocupação.

Mas a verdade mesmo é que, apesar de todos os problemas, a gente quer mais é viver!

Quer escutar aquela música favorita mil vezes! Quer abraçar os amigos e relembrar histórias! Quer experimentar de novo aquele bolo gostoso da mãe, a conversa sobre o futebol com o pai, as falas e conversas altas ao redor da mesa num almoço de domingo…

A gente se embola e desenrola!

A gente escreve, pinta, dança e namora!

A gente tem fé, acredita e tudo melhora!

A crônica é a testemunha de toda essa história!

De tempos em tempos, um cronista desavisado sente a necessidade de capturar a vida em um texto! Mas qual pretensão! Ela, na sua complexidade e ânsia de viver, se esvai, se dissolve, se dilui…

Entretanto, o cronista insiste e escreve. Congela nesse tempo de escrita um fragmento do viver!

Nesse fragmento estão sentimentos e sensações que fazem e valem cada segundo nosso!

É tão estranha a vida na Terra…

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Campista Cabral

Campista Cabral, leitor assíduo dos portugueses Camões e Pessoa, do poetinha Vinícius, herdou deles o gosto pelo soneto. A condensação dos temas do cotidiano, assim como a reflexão sobre o fazer poético, parece procurar a sua existência empírica ou, nas palavras do poeta, um rosto perfeito, na estrutura do soneto. Admirador e também leitor obsessivo de Umberto Eco, Ítalo Calvino, José Cardoso Pires, Lobo Antunes, do mestre Machado de Assis e do moçambicano Mia Couto, retira dessas leituras o gosto pela metalinguagem, o prazer em trabalhar um espaço de discussão da criação literária em sua prosa. A palavra, a todo instante, é objeto base dos contos e das crônicas. A memória, o dia-a-dia, o amor, as sensações do mundo e os sentidos e significados da vida estão presos nos mistérios e assombros da palavra.

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