Crônicas

Abrir uma janela para a alma!

Quando falamos na busca para a cura de problemas emocionais, um dos diferenciais para pensar melhor nossas vidas é utilizar uma teoria aberta que inclua diversas ideias diferentes, e permita uma discussão de opiniões distintas nessa árdua existência. 

Uma dessas teorias é a logoterapia que utiliza uma abordagem psicoterapêutica reconhecida internacionalmente, e se baseia na premissa de que a principal força motivacional de um indivíduo é encontrar um sentido para sua vida. 

Segundo Nietzsche, “quem tem por que viver aguenta quase todo como”. 

Nessa área não podemos esperar uma resposta pronta porque não existe, e não cabe a nenhum psicólogo dizer ao indivíduo qual o sentido da sua vida.

 Seria sem desventura nenhuma nossos dias de perseguição e luta pelo prazer, e o encontro com a felicidade, se não dependessem muito de nosso interesse.

O Dr. Viktor E. Frankl, um neuropsiquiatra 

austríaco, foi o fundador da Logoterapia e Análise Existencial. 

Ele ficou mundialmente conhecido após descrever sua experiência dramática em quatro campos de concentração nazistas, em seu best-seller 

internacional: “Em Busca de Sentido”.

Ele foi libertado somente ao fim da guerra quando tomou conhecimento de que sua mulher faleceu de esgotamento, e seus pais e o irmão, haviam morrido no Holocausto nazista. 

Uma das pérolas que Dr. Viktor nos deixou é que “A vida é sofrimento e sobreviver, é encontrar sentido na dor. Se há, de algum modo, um propósito na vida, deve havê-lo também na dor e na morte”.

Essa visão aberta da logoterapia traz a possibilidade da disseminação de múltiplas formas de felicidade e a discussão promovida na mesa, é a base do crescimento coletivo.

O gatilho que mostra a felicidade em uma curva possível durante a busca, na verdade promove uma nova chance com dor e lágrimas, porém, capaz de proporcionar que sigamos em frente mesmo sem saber para onde ir, porque o durante, é onde se concretiza a experiência. 

O andar desmonta o pesar e os sobreviventes serão os experientes de amanhã, que saberão empunhar novas armas para usar nesses quinhões de desafios. 

Como definiu Dostoiévski, o ser humano é um ser que a tudo se habitua.

Mas afinal, quando se encerra o drama de quem por vezes não sabemos quem somos.  

Chorar ajuda, é uma maneira de abrir uma janela para alma e deixar esvaziar o sangue dolorido.


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Raul Tartarotti

Raul Tartarotti é Engenheiro Biomédico, cronista e mentor do portal www.espacodacultura.com.br, voltado a divulgação de textos de autores brasileiros. Coautor do livro "A voz dos novos tempos". Estudou filosofia clássica, contemporânea e literatura Russa. Suas crônicas têm cunho humanístico e abordam temas contemporâneos, e são publicadas em diversos sites culturais no Brasil e exterior.

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