Crônicas

A primeira crônica do ano

Esta é a primeira crônica do ano. Um ano novinho cheio de sonhos e projetos para o futuro!

Esta é uma crônica de início. Uma crônica que cheira o novo, como presente recém-aberto, esperando ser tocado, usado, experimentado pela primeira vez…

O que imaginamos de um ano que se inicia?

Que sejamos felizes e tenhamos paz?

Que conquistemos tudo aquilo que desejamos?

Que nossos esforços sejam recompensados?

Na virada do ano, quando os fogos de artifício colorem o céu das cidades, olhamos para cima, extasiados com a profusão de cores e luzes. Nesse momento, fechamos os nossos olhos e desejamos um ano incrível, diferente do anterior (sempre o ano que virá tem a promessa de ser melhor do que o que passou).

A verdade é que desejamos um ano inteiro todo novo e melhor, mas não mudamos por dentro.

Desejamos o novo, mas não somos o novo!

Esta é a primeira crônica do ano e, por isso mesmo, cumpre seu papel de registrar o que fazemos nesse período: desejar coisas boas e querer o melhor!

Entretanto, esta mesma crônica fica como uma reflexão: cuidemos de nós por dentro para que tenhamos um ano melhor.

Sejamos melhores e o ano, de bom grado, será melhor também!


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Campista Cabral

Campista Cabral, leitor assíduo dos portugueses Camões e Pessoa, do poetinha Vinícius, herdou deles o gosto pelo soneto. A condensação dos temas do cotidiano, assim como a reflexão sobre o fazer poético, parece procurar a sua existência empírica ou, nas palavras do poeta, um rosto perfeito, na estrutura do soneto. Admirador e também leitor obsessivo de Umberto Eco, Ítalo Calvino, José Cardoso Pires, Lobo Antunes, do mestre Machado de Assis e do moçambicano Mia Couto, retira dessas leituras o gosto pela metalinguagem, o prazer em trabalhar um espaço de discussão da criação literária em sua prosa. A palavra, a todo instante, é objeto base dos contos e das crônicas. A memória, o dia-a-dia, o amor, as sensações do mundo e os sentidos e significados da vida estão presos nos mistérios e assombros da palavra.

Um comentário

  1. É isso mesmo, amigo George. A mudança não é do ano, está em nós. Quantas promessas fazemos, mas as atitudes e pensamentos não mudam e fazemos tudo de novo. É muito triste ver sempre o vidro sujo do vizinho.

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